21 fevereiro 2008
CHEIRO DAS BORBOLETAS
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A caminho da fazenda de Fred Samburá, o Poeta, na velocidade de seu quatro por quatro, sentia os ventos em seus cabelos a açoitar não somente os pêlos mas também os neurônios.
Um sorriso carmesim e adocicado repousava em seus lábios quentes. Quem lhe via de fora, não podia apostar nos seus pensamentos: se na temperatura dos infernos ou na importância social dos colecionadores de bola-de-gude.
Na paz da avenida Litorânea -a estrada para a fazenda do Samburá-, o Poeta notava os calafrios motivados pela saudade precoce dos dias que estavam por vir. A certeza de alegria nos dias seguintes era-lhe confirmada pelo cheiro das borboletas atropeladas e queimadas por seu troller.
Resolveu fugir da saudade e da ansiedade angustiosa, e, para tanto, decidiu lembrar. Lembrar de um passado já enterrado e vívido, onde Samburá era tão-somente um amigo triste que cheirava a peixe.
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A caminho da fazenda de Fred Samburá, o Poeta, na velocidade de seu quatro por quatro, sentia os ventos em seus cabelos a açoitar não somente os pêlos mas também os neurônios.
Um sorriso carmesim e adocicado repousava em seus lábios quentes. Quem lhe via de fora, não podia apostar nos seus pensamentos: se na temperatura dos infernos ou na importância social dos colecionadores de bola-de-gude.
Na paz da avenida Litorânea -a estrada para a fazenda do Samburá-, o Poeta notava os calafrios motivados pela saudade precoce dos dias que estavam por vir. A certeza de alegria nos dias seguintes era-lhe confirmada pelo cheiro das borboletas atropeladas e queimadas por seu troller.
Resolveu fugir da saudade e da ansiedade angustiosa, e, para tanto, decidiu lembrar. Lembrar de um passado já enterrado e vívido, onde Samburá era tão-somente um amigo triste que cheirava a peixe.
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